LIÇÃO 02
A PRIMEIRA BATALHA
Há na Bíblia registros
de muitas guerras, mas o que é uma guerra? Segundo a definição do site
Wikipédia é um confronto sujeito a interesses da disputa entre dois ou
mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados, utilizando-se de
armas para tentar derrotar o adversário. Na opinião de um grande pensador
chinês, a guerra é o domínio da vida ou da morte, o caminho para a
sobrevivência ou perda de um império e, de acordo com o dicionário bíblico é um
combate entre povos, ou seja, uma luta armada entre nações.
A
maior parte das guerras que estudaremos se encontra no Antigo Testamento, e de
acordo com o conceito de guerra deve haver no mínimo dois povos, ou duas nações
em conflito. Sempre a nação israelita combatendo com outros povos. Mas, para
compreender todos esses eventos históricos com significado espiritual, é
necessário voltar no tempo antes mesmo da origem do povo de Israel.
I – O CHAMADO DE ABRÃO
Na
Bíblia não há registros da infância e juventude de Abraão, cujo significado do
nome é pai de uma multidão. No entanto, sabe-se que ele era de Ur da Caldéia e
migrou, com seu pai Tera, até Harã perto
do rio Eufrates. Era casado com Sarai e tinha um sobrinho chamado Ló.
Após
a morte de seu pai, o Senhor convocou Abraão conforme está registrado em
Gênesis 12.1: “Então o Senhor disse a
Abrão: “Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá
para a terra que eu lhe mostrarei.” Mas, Deus não ordenou que Abraão se
transformasse em um nômade, um andarilho errante, um aventureiro em terras
estranhas. Deus fizera a seguinte promessa aquele homem: “Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu
nome, e você será uma bênção.” Gn.12.2.
E
a promessa transformaria Abrão no patriarca da nação escolhida, do povo santo,
para mais tarde o próprio Deus encarnar na pessoa de Jesus Cristo, se fazendo
de ser humano vencendo as paixões humanas, o pecado e a morte nos resgatando
para o Pai a fim de que tivéssemos vida e vida em abundância.
II – VOLTANDO DO EGITO
Aconteceu
que Abrão foi obediente ao Senhor e foi morar em Canaã, levou sua esposa e seu
sobrinho para um lugar situado entre as cidades de Betel e Ai. Após algum tempo
houve uma seca naquela região e ele foi obrigado a migrar para o Egito. Lá
chegando, fez sua esposa se passar por sua irmã, ao que ela foi desposada pelo
faraó, e ele se tornou rico com os presentes do monarca.
Quando
o faraó descobriu que Sarai era esposa de Abrão, chamou ele e ordenou sua saída
imediata daquele país. Ele retorna para Canaã, onde tinha vivido antes do período
de seca e, junto com ele seu sobrinho Ló e tudo que tinha ganhado e produzido
no Egito. Ao chegarem entre Betel e Ai perceberam que a terra não suportava mais
suas posses, pois Ló também tinha enriquecido se tornando dono de muito gado. Em
vista disso, seus empregados pastores começaram a se estranhar.
Então
Abrão ficou na terra de Canaã, mas Ló
mudou seu acampamento para um lugar próximo a Sodoma, entre as cidades do vale.
Gn. 13.12, após a saída de Ló Deus falou novamente com Abrão o seguinte: Tornarei a sua descendência tão numerosa
como o pó da terra. Se for possível contar o pó da terra, também se poderá
contar a sua descendência. Gn. 13.16, e então Abrão foi habitar próximo a Hebron.
III – E VEIO A GUERRA
A
guerra era um elemento essencial a vida daqueles povos, apesar de uma nação ter
diversas cidades, cada cidade tinha seu rei e era soberana, isto é,
independente das outras, logo era comum duas cidades de uma mesma nação entrar
em guerra. Chegou um tempo então onde o clima estava tão tenso que explodiu. E
começou mais um período de guerra.
De um lado tinha uma aliança entre
quatro reis, cada um com sua respectiva cidade, dos quais um exercia a
hegemonia da região, pois dominava e liderava os demais. Era Quedorlaomer, rei
de Elão. Do outro lado, estavam as cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e
Zoar. Os dessas cidades uniram seus exércitos e montaram acampamento próximo ao
Mar Morto.
O
motivo dessa guerra era uma rebelião, pois por doze anos as cinco cidades
citadas anteriormente, estiveram subjugadas por Quedorlaomer. O rei de Elão as
dominava impondo-as a servidão, no entanto, no décimo terceiro ano essas
cidades se rebelaram.
Quedalaomer,
não se intimidou continuou em guerra com outras cidades por um ano dominando-as
completamente. Até que entraram em combates quatro reis contra cinco, e o rei
de Elão desmoralizou os inimigos pondo-os para correr do campo de batalha. Na
fuga muitos soldados caíram nos poços de petróleo da região e morreram.
Como
de costume o vencedor saqueava as cidades do inimigo derrotado despojando de
tudo, muitas vezes matavam seus moradores e queimava suas cidades. Daquela vez
não foi diferente. Os vencedores
saquearam todos os bens de Sodoma e de Gomorra e todo o seu mantimento, e
partiram. Gn. 13.11.
Ló,
sobrinho de Abrão, habitava em Sodoma nesse período e não escapou da fúria do
exército de Quedorlaomer. Levaram tudo que possuía roupas, gado, prata, ouro,
servos, e também o levaram como prisioneiro para servir de escravo em Elão.
IV – O RESGATE
Nem
sempre acontecia de restar algum sobrevivente, mas dessa vez foi diferente.
Alguém conseguiu escapar da devastação em Sodoma e levou as más notícias até
Abrão. Este não gostou de escutar, pois não tinha filhos nem filhas e Ló tinha
sido criado por ele.
Abrão
era muito rico, tinha muitos servos e tinha por aliados três irmãos amorreus,
Manre, Escol e Aner, que também possuía muitos empregados. Então Abrão resolveu
resgatar seu sobrinho, mas para isso era preciso montar uma força militar capaz
de enfrentar um exército poderoso e trazer Ló com vida para a sua casa.
Ele
não tinha muito tempo, pois a qualquer momento Ló poderia morrer. Convocou os
filhos dos seus empregados e dos empregados dos seus aliados, pois eram jovens,
fortes e ágeis, não precisavam de muito treinamento com as espadas e lanças,
armas que dispunham na época, devido a própria educação. Os meninos desde
crianças eram criados para aprender a arte da guerra, inclusive o manejo das
armas.
Abrão
conseguiu montar uma tropa com trezentos e oito homens em pouco tempo e partiu
em busca de resgatar seu sobrinho. Eles já estavam relativamente distantes, já
havia passado alguns dias desde que soube da má notícia, mas Abrão não
desanimou e alimentava dentro de si as esperanças para rever Ló com vida.
Quando
chegou a um lugar chamado Dã, eles os avistaram e então era chegada a hora de
pensar em uma estratégia, planejar algo eficiente que alcançasse o objetivo. Em
nenhum momento Abrão teve a intenção de vencer aquele exército, sua meta era
salvar Ló, e não destruir o rei de Elão, por esse motivo Abrão entendeu que a
melhor hora para o ataque seria a noite.
Quando
o sol se pôs e as estrelas começaram a brilhar no firmamento Abrão e seus
criados se dividiram e iniciaram o combate. Pegos de surpresa muitos soldados
de Quedorlaomer foram mortos e outros tantos ficaram feridos e fugiram. Abrão,
entretanto, os perseguiu. Era noite e com certeza na fuga os soldados não
tiveram tempo de pegar suas armas e correram da morte, e a morte os alcançou
até uma cidade chamada Hobá, próxima a Damasco.
Abrão
encontrou Ló com vida, e o levou de volta para sua cidade, levou também tudo
aquilo que lhe pertencia seus tesouros, seus animais, seus servos, tudo foi
restituído pela coragem de seu tio.
Então
Abrão saiu vitorioso daquele combate e Voltando
Abrão da vitória sobre Quedalaomer e sobre os reis que a ele se haviam aliado,
o rei de Sodoma foi ao seu encontro no vale de Savé, isto é, o vale do Rei.
Gn. 14.17, dada a importância daquela vitória.
Outro
rei saiu ao seu encontro, era Melquisedeque, rei de Salém. Este levou pão e
vinho para Abrão e abençoou Abrão,
dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra.
E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos”. E
Abrão lhe deu o dízimo de tudo. Gn. 14.19,20.
Já
o rei de Sodoma agiu diferente, propôs a Abrão que deixasse os servos com ele,
e todo o povo resgatado e os bens despojados permanecessem com Abrão como uma
recompensa, Mas Abrão respondeu ao rei de
Sodoma: “De mãos levantadas ao Senhor, o Deus Altíssimo, Criador dos céus e da
terra, juro que
não aceitarei nada do que lhe pertence, nem mesmo um cordão ou uma correia de sandália,
para que você jamais venha a dizer: ‘Eu enriqueci Abrão’.
Gn. 14.22,23.
Ao
passo que Abrão, servo de Deus, negou receber qualquer recompensa que aos olhos
do povo o deixassem mais rico. Ele deu o dízimo de tudo, pois reconheceu que
foi o Senhor quem lhe concedeu aquela expressiva vitória, foi Deus que entregou
os seus inimigos em suas mãos e ele só podia adorá-lo. Nada daquilo tinha sido
mérito seu, pelo contrário, toda honra, toda glória, todo louvor era, é e sempre
será do Senhor!
Apdsj. Como que funcionava ? Ex: o rei q ganhaçe a guerra chegava na cidade derrotada e acabava com ela? Ou todos ai tinham q começar a adorar o novo rei? Pq destruir a cidades era prejuízo. o bom seria ter para ele uma nova cidade.
ResponderExcluirComo e aonde ,livros posso encontrar essas respostas relacionados aos comentários citados?