GUERRA DE CONQUISTA - III


LIÇÃO 11
GUERRA DE CONQUISTA -III

Após a dividir a terra conquistada entre as tribos de Israel Josué faleceu. Mas as conquistas não pararam e o povo de Deus se questionava sobre a tática de ataque aos cananeus. Qual tribo atacaria primeiro?
Esse impasse foi fruto da descentralização da liderança israelita. Desde que a nação foi formada as decisões passavam por apenas uma pessoa, apesar da congregação e dos príncipes das tribos serem consultados. O fato é que havia um homem entre eles que fazia o papel de mediador entre os homens e Deus. Primeiro foi Moisés, auxiliado por seu irmão Arão, em seguida veio Josué. E agora quem Deus levantaria para exercer tal ministério.

I – JUDÁ & SIMEÃO CONTRA UM MUTILADOR

            Daquele impasse o Senhor decidiu que a tribo de Judá atacaria primeiro os outros povos cananeus ainda não conquistados. Mas Judá não quis ir só e fez um trato com a tribo de Simeão para ambos lutar juntos, e quando Simeão fosse designado para atacar a aliança entre as duas tribos permaneceria.
            E juntas atacaram Bezeque, onde viviam cananeus e ferezeus cujo rei se chamava Adoni-Bezeque. Este homem já tinha vencido e dominado setenta povos, e era conhecido em toda Canaã por um método de humilhação aplicado aos reis inimigos. Ele cortava os polegares dos pés e das mãos e tratavam os reis capturados como animais.
            Ora, os seres humanos se diferenciam dos outros animais por muitas características, uma delas é o fato de possuir um polegar opositor nas mãos que lhe permite manipular objetos de diversos tamanhos, agarrá-los com força além de fornecer a precisão de certos movimentos. Por outro lado, é nos polegares opositores quês estão registradas nossas individualidades, nossa identidade.
            Os polegares dos pés é o ponto de apoio, ou o ponto de equilíbrio do ser humano, pois para permanecer de pé verticalmente e andar é necessário anatomicamente de um ponto em contato com a superfície em que se pisa que equilibre o peso do corpo naquela posição.
            E aquele rei cortou os polegares de setenta outros reis e os tratou como animais comendo das migalhas de sua mesa. Naquela batalha os homens das tribos de Judá e Simeão o perseguiram até capturá-lo, daí deram a ele o mesmo tratamento. Até que ele confessou: Então Adoni-Bezeque disse: “Setenta reis com os polegares das mãos e dos pés cortados apanhavam migalhas debaixo da minha mesa. Agora Deus me retribuiu aquilo que lhes fiz”. Jz. 1.7
            Naquele mesmo tempo os filhos de Judá atacaram Jerusalém e a feriram ao fio da espada, e a conquistaram. Nesse tempo, Adoni-Bezeque foi trazido até eles e foi morto em Jerusalém depois incendiaram a cidade e continuaram a peleja atacando Hebron conquistando-a.

II – UMA ESPOSA COMO PRÊMIO

            O próximo alvo seria uma cidade chamada Debir, conhecida por seu antigo nome Quiriate-Sefer. Quando os homens motivados pelas vitórias recentes se aproximavam daquela cidade um deles ergueu a voz E disse Calebe: “Darei minha filha Acsa em casamento ao homem que atacar e conquistar Quiriate-Sefer”. Jz. 1.12.
Com toda certeza aquela moça deveria ter uma beleza extraordinária para motivar um exército inteiro pela sua mão em casamento. O campeão foi Otniel, cujo nome significa leão divino, apesar dele ser irmão do pai da jovem, se casaram, pois as leis de Moisés permitiam.
            Os homens de Judá em conjunto com os de Simeão ainda conquistaram outras cidades como Zefate, Gaza, Asquelom e Ecrom despovoando as montanhas, nos vales, porém permitiram a permanência dos habitantes. Hebron foi entregue a Calebe conforme a vontade de Moisés.

III – A TRIBO DE JOSÉ ATACANDO

            Sabe-se que a tribo de José foi dividida em duas e identificada pelos nomes de seus filhos Manassés e Efraim nascidos no Egito. A eles couberam a missão de atacar e conquistar Betel. Para isso eles usaram a tática da espionagem.
            Os espiões se posicionaram fora da cidade até que um homem saiu de seus muros. Então os filhos de José abordaram aquele cidadão de Betel sobre um modo seguro de entrar naquela cidade, pois eles estavam em guerra e tinha por objetivo conquistá-la, e se ele ajudasse seria tratado com beneficência, não só ele, mas também toda a sua família.
            Aquele mostrou aos espiões o que eles queriam saber, não demorou muito e os descendentes de José invadiram Betel, destruindo e ferindo ao fio da espada todos que ali habitavam. Mas aquele homem que dera as informações teve permissão para sair com sua família.
            A tribo de Manassés também atacou outras cidades, só que não agiu como os israelitas agiam antes. Não matou e nem expulsou a população civil daquelas cidades, nem das aldeias próximas permitindo que os cananeus permanecessem em suas terras.
            Essa atitude foi seguida pelas tribos de Efraim, Zebulom, Aser e Zebulom. Pois Israel tinha ganhado força e todos os cananeus que permaneceram em suas terras passaram a pagar tributos, já que daquele momento em diante as terras conquistadas pertenciam a Israel.

IV – E AGORA ISRAEL?

            Os homens não vivem na terra por todo o tempo, Abraão, Isaque, Israel, José, Moisés e Josué, todos morreram. Deles só ficaram a lembrança nas gerações que se sucederam. Após a morte da primeira geração pós Josué os israelitas conheceram, mas não enxergaram o que garantiu aquela seqüência de conquistas vitoriosas – o Senhor.
            Quando Israel se viu como um povo dono de um território dividido e organizado em tribos conforme o patriarca de origem eles se esqueceram do Senhor. Primeiro deixaram de cultuá-lo e de oferecer holocausto, consequentemente passa a adorar outros deuses. Como está escrito em Juízes 2.12: Abandonou o Senhor, o Deus dos seus antepassados, que os havia tirado do Egito, e seguiram e adoraram vários deuses dos povos ao seu redor, provocando a ira do Senhor.
            O Senhor não se agradou e a partir daquele tempo Israel não conheceu uma vitória sequer, pelo contrário eram derrotados em todas as batalhas, envergonhados eram saqueados pelas nações vizinhas constantemente.
            Quando Israel abriu mão de servir a Deus, de adorá-lo abriu mão também de todas as conquistas de seus pais, desprezou todas as vitórias sobrenaturais proporcionadas pela sua fé e obediência.
Ainda que a geração não tivesse presenciado os milagres, sinais e maravilhas ocorridas no deserto, ou mesmo, ainda que não tivessem lutado em nenhuma batalha onde o próprio Deus pelejou ao do seu povo, eles não tinham o direito de esquecer-se do Senhor e servir deuses criados pelos homens como Baal e Astarote.
Por outro lado, o fato de Israel perder a centralidade de sua liderança, ficando cada tribo com sua responsabilidade, pode ter contribuído para causar tal dispersão. Mas, como dizem atualmente: dos males o menor. E o Senhor não permitiu que o seu povo perdesse as terras conquistadas. Eram despojados, contudo as terras permaneciam em sua posse.
A atitude de Deus foi uma só: Por isso a ira do Senhor acendeu-se contra Israel, e ele disse: “Como este povo violou a aliança que fiz com os seus antepassados e não tem ouvido a minha voz, não expulsarei de diante dele nenhuma das nações que Josué deixou quando morreu. Jz.2.21.
Parecia que aquela história vitoriosa estava com os dias contados, só que o plano do Senhor ia além da incapacidade dos homens se manterem íntegros diante Dele, o Senhor tinha planejado algo bem maio, onde a compreensão humana não alcança por si, somente através de sua ajuda.
Após centenas de anos de servidão no Egito, dezenas de anos de peregrinação por um deserto, anos de batalhas ferozes o povo se sentiu dono de suas próprias vidas, não queriam saber de obedecer a um Deus invisível. O povo queria era praticar o que lhes retornava prazer material. A sensação de realização tinha contagiado toda aquela geração. Mesmo após as derrotas quando passaram a servir outros reinos.
Mas Deus é Deus e o resto é conversa! Quando tudo parecia perdido Então o Senhor levantou juízes, que os libertaram das mãos daqueles que os atacavam. Jz. 2.16, ele levantou homens para garantir as suas conquistas.
Ainda assim quando uma situação se resolvia, Israel voltava a adorar outros deuses provocando a ira do Senhor, e de novo se via servindo também a outros povos, fornecendo a força, todo tipo de bens.
Quando Josué morreu ainda havia muito a ser conquistado, a primeira geração de príncipes das tribos permanecendo na presença do Senhor pôde conquistar mais terras como já foi mencionado, porém restavam muitas nações que não foram conquistadas, e só não foram conquistadas porque Deus tinha o seguinte propósito: Eu as usarei para pôr Israel à prova e ver se guardará o caminho do Senhor e se andará nele como o fizeram os seus antepassados”. Jz. 2.22, e era isso que estava acontecendo.
Deus sabe tanto dos tempos como da natureza humana, Ele usa os meios que quiser para conseguir seus objetivos, pois ele é Deus. A nós seus servos só temos que confiar Nele, ser obediente e com certeza Ele permitirá realizar nossas conquistas.


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